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Tema para uma doença imaginária!
....Orthotanasia extended play!


Atravessando mares,
um possível naúfrago ansiando por sobreviver
ao ambiente insalubre e a falta de sushis.

(please, stay away; - drink another sakê!)

cruzando dias através desta doença
que me consome aos poucos e que sequer
ainda me deram um diagnóstico.

as dores me alvitam
os analgésicos já não fazem mais efeito
os doutores perdem seus rostos e,
meus braços já não tem mais espaço
para os furos das agulhas de soro.

minha traqueia quase separa
meu pescoço da cabeça que,
ja não sustenta o colar de pérolas
que enfeitaram as bodas de minha felicidade...
tô ansiando pelo ar que já não inspiro
pelas ressecadas e desérticas narinas
que não traduzem mais nada ao plexo solar
já não adiantam yogas.

Here!
there no more pelvis
no more elvis!,
no more hip shakes!

o espetáculo da medicina me mantem
preso a estes cabos e plugs
enquanto essas doenças me consomem
e, eles sequer me garantem,
novas idas ao super mercado;
um verme devorando a si mesmo.

ninguém, antropofagia,
redundância pulsional,
conflito catártico entre eros e tanathos,
guerras psicológicas,
ausência de possibilidades curativas.

a morte bate em minha porta e
me consome a cada minuto,
misturando ao metabolismo químicas
que não me traduzem ou
sequer causam prazer,
ao que ainda resta.

neuros sensores que não captam o que é ser
depressão de uma morte
que não chega a ser negra
mais que fazem crer na peste
dizimando tudo em volta,
por onde passo, no que toco....

o corpo na decadência estrutural,
o verbo na pior fonética que ouso falar.
se me ver por ai, não queira
saber porque estou desistindo
não queira crer que há
possibilidade de sobrevida
na falência que sequer decretei.

...i try to pray!

me deixei levar na crença dos heróis
que me ofertam destemores,
durante a sessão da tarde,
num dia de vagabundagem
e, depressão avassaladora.

....do outro lado.

vejo o sol brilhar e a lua a me encantar!
mas, já não creio, pois;
sei de meninas violentadas por imbecis
e imbecis que maltratam crianças,
assasinando friamente a vida efervecente....

quem nega o afeto por violências;
assina infâncias e etéres essênciais,
tolhe o desenvolvimento emocional.
é pior que estar aqui, doente. podre!
tomado por bactérias vorazes e;
pesares, imaginando...
O ainda patético!

II

Doce....(anabolic remix!)

quem sabe a boca
não se preencha de saliva
para saciar a sede do outro.

before i die...
i will kiss the world!

- good bye!

Air Guitar:
Ain't No Grave Can Hold MY Body Down
Diámanda Galas - La Serpenta Canta


Do you realy belive there's no had
a free mind in the world?

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