Ensaio

A palavra sobre o não ter o que dizer, fala o que quer, deixa de lado a correção e segue solta boca à fora, outro meio de dizer pode ser o sussurro em libras, vindo de gestos, meias palavras e outras interseções dialéticas que diriam sobre a falácia dita durante o carnaval, ou, assando marshmellow espetado num graveto, e na cena um esvoaçar de vaga-lumes lunáticos fugindo da fogueira tropical.....o acordo, era expor ao branco o conceito... dar conteúdo ao caos proposto por big-bangs, a recriação ordenada do caos. Agora, tudo parecia redundante e prolixo, nada era real neste emareado surreal de ideias e tramas planejadas às escuras na luz do dia!.....o jogo ainda nem começara e a torcida explodia fogos assustando os cães da região, era meio dia e o almoço seria servido para alegria da petizada faminta, numa nação aos prantos, desesperada, agarra-se a qualquer alternativa para boiar no mar da espetacular decadência. Como um teatro nômade; encenando numa esquina um drama, em outra uma farsa descarada. E, assim seguem as horas num relógio abstrato movido a bateria de lítio...me faz questionar... porque de uma pílula de litium para um relógio imaginário.


II


Mudou de assunto, para se calar diante o que acontecia, num imaginário supostamente difícil à compreensão. um caleidoscópio com bilhões de faces dispostas em espaço multidimensional... facetas de uma linguagem falada por milhões, entre sussurros ao pé do ouvido e palavras escritas contando estórias sobre "cupins" que devoram florestas e constroem cidades, arranha céus de concreto, aço e vidro desafiando a gravidade, descriminando a diversidade. Criando um espetáculo de preconceitos norminativos, apenas imagens em um espelho refletindo outro,  submetendo a lógica empírica.


III

Disse o que tinha para dizer,
a palavra continuará a falar
o que não tinha à dizer.


Comentários

Postagens mais visitadas