Recortes Geométricos





Parecia irregular aquele movimento, de hipérbole de  perfeita trajetória em constância algébrica,  ainda apostava nas variáveis incontroláveis que envolvia o movimento em outra trajetória senão a admitida pela quebra da inércia.

Movimento aleatório sem nexo, misturando prerrogativas indesejáveis ao pressentido óbvio, exercícios verbais descritos em língua trivial, como vem à vontade, dita sem intervenção, pura e crua,  entre símbolos da cultura paleolítica de um jeito ou de outro à  buscar o entendimento, quase certo, que tentava dizer nada.

Mas mesmo assim falava de horizontes inatingíveis à vontade alheia, ia  sem pensar colocando prosas ao surreal, deixava-se levar por pura brincadeira fonética pronunciando o colorido como eco ao silêncio feito em torno, jamais pensara que assim chegaria a alguma coisa, seguia o engano como quem segue o acerto, esperando chegar ao lugar comum como todos o que tentaram, amassava a folha jogando-a ao cesto impregnado de pensamentos desastrosos sobre a mesma coisa.

Em círculo vicioso votava ao início do parágrafo sem perceber as intenções que o levavam a insistir. Poderia ser uma tentativa bem sucedida de contar uma nova estória ou a frustração da redundância dos últimos tempos, sei la!...

Parece que ia sair do lugar comum à falta de palavras. 

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