TRANSIT GLORIA ARTIS (mother's day sample notes #2)

... Na arte, o domínio sobre os objetos não serve para submeter a natureza e, sim, ao contrário, para lhe restituir seus direitos: " A arte realiza uma íntima revisão do domínio da natureza ao dominar as formas que a dominam" (TE, 184). A arte, "antítese social da sociedade" (TE, 18), propõe à sociedade exemplos de um uso possível de seus meios numa relação com a realidade que não seja de dominação nem de violência: "Só pelo fato de existirem, as obras de arte postulam a existência de uma realidade inexistente e, por isso, entram em conflito com sua inexistência real" (TE, 83). Enquanto a produção material se dirige apenas para o crescimento quantitativo, a arte, em sua "irracionalidade", deve representar os fins qualitativos - como a felicidade do indivíduo - que o racionalismo das ciências considera "irracionais" (TE, 64: Paralipomena, p. 430, 489). Com sua "inutilidade" e sua vontade de ser apenas para si e de se subtrair à troca universal, a obra de arte liberta a natureza de sua condição de simples meio ou instrumento: "Não é por seu conteúdo particular, mas somente pelo insubstituível de sua própria existência que a obra de arte deixa em suspenso a realidade empírica enquanto complexo funcional abstrato e universal" (TE, 180).

Extracts from:
O "fim da arte"
segundo Theodor W. Adorno e Guy Debord
Anselm Jappe

Referências abaixo no texto integral.

Air Guitar:
La Force du Courage
Jeanne D'Arc - Tangerine Dream

Luv' u Mummy!

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